A Empresa Municipal de Desenvolvimento Urbano (Emdur), de acordo com o presidente, Gerardo Martins, encontra-se num processo de reaparelhamento para poder oferecer seus serviços de forma transparente e eficaz. Três fatores estão sendo principalmente considerados como fundamentais para que isso aconteça até o início do próximo semestre: recursos humanos, materiais e equipamentos.
A maior dificuldade enfrentada para a realização dos serviços de iluminação pública, atualmente, é a carência de técnicos em eletricidade. Para dirimir essa deficiência está sendo realizado um concurso público que deverá, provisoriamente, fornecer a Empresa vinte desses profissionais. “É ainda insuficiente, mas isso fará com que os serviços avancem ao longo deste ano, até que possamos realizar novos concursos para ampliar o quadro de servidores. Por enquanto, temos apenas trinta funcionários, distribuídos entre técnicos e administrativos. Dezoito são funcionários da Casa e doze são comissionados. Não temos engenheiros. O que fazia parte do quadro faleceu, de forma que, brevemente, precisaremos mesmo contratar pessoal. Segundo projetamos, ainda neste ano abriremos concursos para sanar nossas deficiências com pessoal”, explica 
Martins.
Quanto à insuficiência de materiais, tais como lâmpadas, reatores e relês, já está programada a licitação de tudo que deverá ser utilizado ao longo do corrente ano. A primeira compra será na casa de, mais ou menos, dois milhões de reais. O pregão eletrônico será no dia 04 de junho.
Pregão
O pregão para a aquisição de equipamentos tem como data mais provável o dia 10 de junho. Espera-se adquirir cinco caminhões providos com cestas para alçar os técnicos até aos postes. Esses equipamentos deverão estar disponíveis para o segundo semestre deste ano, quando passarão a ser operados por cinco equipes que trabalharão em dois turnos, um de dia e outro à noite. Enquanto são aguardados esses equipamentos, a Emdur está adquirindo dois carros de pequeno porte que estarão disponíveis para operar 
com os técnicos que serão imediatamente contratados por meio do concurso que está em andamento. “Essa é uma forma que a Empresa encontrou para realizar os serviços de maior urgência enquanto aguarda-se organizar as formas de trabalhos decorrentes dos nossos projetos”, destaca o presidente.
Para o início do segundo semestre, a Emdur espera iniciar efetivamente os trabalhos de iluminação com as cinco equipes que trabalharão em dois turnos. Os serviços serão acompanhados por meio de um programa em que tudo será acompanhado on line. As equipes utilizarão aparelhos de GPS, de forma que elas serão monitoradas em toda sua trajetória por esse programa que será instalado na Empresa. “Essa, é uma forma de evitar que ocorram desvios de rotas por parte das equipes.” Esclarece Martins.
Os materiais também serão controlados. “Estive em visita à cidade de Campos, no estado do Rio de Janeiro e, lá, vi uma forma muito eficiente de controle para a saída de materiais com as equipes de trabalho, em que 
cada equipe de trabalhadores recebe ordens de serviços com os materiais necessários para o trabalho a ser executado. As equipes têm caixas em que os materiais são colocados para que, ao final das tarefas, os trabalhadores possam demonstrar como foram substituídos os elementos estragados pelos novos, que foram adaptados”, explica Gerardo. Dessa forma, com o monitoramento constante dos trabalhos e dos materiais utilizados, espera-se evitar desvios e possíveis furtos.
Fabricação
A Emdur voltará a fabricar materiais básicos para os serviços de urbanização, tais como manilhas, bloquetes, meio fio, calçadas e bocas de lobo. O processo licitatório está sendo encaminhado. Espera-se que a fábrica deva ser reabilitada até ao fim do ano corrente. Parte do material deverá ser ofertada à Prefeitura, que passará a adquiri-lo a preços inferiores aos de mercado; outra parte poderá prover a Empresa para a execução de obras públicas para as quais venha a ser chamada a realizar. A produção diária esperada é de 200 tubos que terão de vinte centímetros a um metro e vinte e cinco centímetros de diâmetro. A produção poderá atender a, pelo menos, vinte e cinco por cento das necessidades do município.
Os tubos poderão atender as necessidades da Secretaria Municipal de Obras (Semob), enquanto bloquetes, placas para calçamento, meio fio e bocas de lobo poderão ser utilizados pela própria Emdur, em serviços para os quais seja contratada. A fábrica está orçada em 400 mil reais, mas o valor final pode sofrer mudanças conforme as flutuações naturais do mercado. “Esperamos ver surgir uma nova Emdur. Nenhum serviço de iluminação será mais terceirizado. Estamos promovendo uma programação que tem por base a eficiência e o zelo com o erário público. Sabemos que a sociedade portovelhense está ávida por serviços efetivos e por mais transparência na administração dessa Empresa. Esse é o nosso objetivo, oferecer a satisfação esperada quanto a esses dois princípios fundamentais para que uma empresa pública funcione como deve.” Enfatiza o presidente.
Por: Renato Menghi
Fotos: Medeiros
