Prefeitura combate exploração do trabalho infantil na lixeira municipal

06/Dez/2012 - 08:12

       FiscalizaLixaoAA prefeitura de Porto Velho, através da coordenadoria municipal de Limpeza Urbana, atua diariamente para combater a exploração do trabalho infantil na lixeira municipal, localizada na Vila Princesa. O objetivo é fazer cumprir a lei e também impedir que as crianças e adolescentes filhos de catadores de materiais recicláveis tenham contato com o ambiente insalubre, sofram algum tipo de acidente ou sejam acometidos de doenças.

 

     O coordenador de limpeza urbana, Wilson Correia, informou que diariamente, inclusive aos sábados e à noite, funcionários da prefeitura lotados na secretaria municipal de Serviços Básicos (Semusb), fazem rondas com auxílio de motocicletas em torno da lixeira para impedir o acesso dos menores. Além disso, a prefeitura cercou o local e frequentemente presta orientações aos pais para que não envolvam os filhos no trabalho.

 

      Infelizmente, segundo Correia, nem sempre as ações da prefeitura são bem vistas pelos pais e também pelos menores. “As agressões físicas aos nossos servidores tornaram-se uma constante.Os agressores se utilizam dos mais diversos tipos de instrumentos para atacar. Já houve caso até mesmo de tentativa de homicídio e várias ocorrências policiais foram registradas, sem que providências tenham sido tomadas”, afirmou o coordenador.

 

       FiscalizaLixaoBApesar dos riscos até mesmo de morte, a Semusb prossegue com as rondas, mas, de acordo com Correia, é preciso a parceria de outros órgãos, como a Delegacia Regional do Trabalho, Polícia Militar e Juizado da Infância para ajudar o Município a combater a exploração do trabalho infantil na lixeira. “Se trabalharmos unidos certamente teremos êxito nessa ação”, completou.

 

Problemas sociais

 

     Um dos principais problemas que contribui para com a atuação de menores na lixeira é a grande quantidade de adolescentes que são dependentes químicos. “Eles fazem de tudo para conseguir qualquer objeto que possa ser trocado por droga”, lamenta o coordenador. Por outro lado, o estado de vulnerabilidade social de muitas famílias obriga os pais a levarem os filhos para a lixeira, com objetivo de aumentar a renda, apesar de inseridos em programas sociais.

 

Por Augusto José

Fotos: Arquivo Comdecom


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